Depressão é uma doença mental – cerebral – que afeta cerca de 5% dos adultos no mundo inteiro atualmente. Além disso, 20% das pessoas vão apresentar depressão em algum momento de suas vidas¹.

Além de ser uma doença bastante prevalente, a depressão é uma das principais causas de incapacidade em todo o mundo e um dos principais contribuintes para a carga global de doenças². É duas vezes mais comum em mulheres do que homens e pode afetar todas as faixas etárias.

Apesar de ser incapacitante, inclusive com risco de morte por suicídio, a depressão é uma condição médica que dispõe de tratamentos eficazes tanto nos casos leves, moderados e graves.

Como reconhecer os sintomas de depressão?

O quadro precisa ter duração mínima de 2 semanas e vários dos sintomas descritos abaixo^3,4:

• Perda de interesse e prazer
• Tristeza
• Perda de energia
• Dificuldade em adormecer, sono interrompido ou dorme demais
• Falta de energia ou cansaço
• Aumento ou perda do apetite
• Sentimentos de incapacidade e culpa
• Dificuldades de concentração
• Lentidão ou Agitação psicomotora
• Pensamentos de suicídio

Por que a depressão surge na vida de uma pessoa⁵?

A interação entre fatores genéticos (predisposição familiar) e ambientais (maus-tratos na infância, traumas, adversidades) leva ao aparecimento de sintomas. A idade média de início da doença é por volta de 20 anos, porém pode surgir em qualquer faixa etária.

A alta taxa de recorrência da depressão – metade das pessoas com um episódio depressivo irão apresentar pelo menos mais 1 episódio ao longo da vida – também é um dos fatores que justifica o tratamento desta condição o quanto antes seja identificada.

Conforme a gravidade e padrão dos episódios depressivos ao longo do tempo, os profissionais de saúde podem oferecer tratamentos com psicoterapia e/ou medicação antidepressiva. Terapias em grupo, arterapia e reabilitação funcional também podem fazer parte de nosso arsenal terapêutico de acordo com as demandas individualizadas de cada pessoa.

Além disso, mudanças de estilo de vida são, muitas vezes, necessárias tanto para atingirmos remissão completa de sintomas bem como prevenção de recaídas. Dentre as mudanças de estilo de vida encontram-se as seguintes: sono adequado, exercício físico regular, dieta nutritiva e equilibrada, interrupção do uso nocivo de substâncias como álcool, tabaco e outras drogas.

• Monitore possíveis sintomas de depressão⁶, responda ao questionário do link ( Escala de Depressão | Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9)). Se sua pontuação for ³ 10 busque ajuda profissional em saúde mental.
• ATENÇÃO: Sempre compartilhe com seu médico e/ou psicólogo pensamentos de morte, ideação ou planejamento suicida pois são sintomas de muito risco!!!

REFERÊNCIAS

1. World Health Organization (WHO). WHO. https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/depression. Depression. 2021.
2. Hasin DS, Sarvet AL, Meyers JL, Saha TD, Ruan WJ, Stohl M, et al. Epidemiology of adult DSM-5 major depressive disorder and its specifiers in the United States. JAMA Psychiatry. 2018;75(4):336–46.
3. Association AP. Manual Diagnóstico E Estatístico De Transtornos Mentais: DSM – 5. American Psychiatric Association. 2013.
4. Saúde OM de. Classificação de Transtornos Mentais e de Comportamento da CID-10: Descrições Clínicas e Diretrizes Diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas. 1993;351.
5. Malhi GS, Bell E, Singh AB, Bassett D, Berk M, Boyce P, et al. The 2020 Royal Australian and New Zealand College of Psychiatrists clinical practice guidelines for mood disorders: Major depression summary. Vol. 22, Bipolar Disorders. 2020. 788–804 p.

6.         First MB, Williams JBW, Korg RS, Spitzer RL. Entrevista Clínica Estruturada Para os Transtornos do DSM-5 -. Vol. xii. 2017. 254 p.